segunda-feira, 30 de agosto de 2010

[Fotojornalismo] Um olhar pela inclusão social

Por Carolina Vellei
carolina.vellei@gmail.com

De um lado a laje, do outro, a sacada de um condomínio de luxo. O Rio de Janeiro, assim como a maioria das cidades desse país, apresenta contrastes nítidos. É assim, tudo preto no branco, tão real como o trabalho de João Roberto Ripper. E é nesse contexto que esse fotógrafo defensor dos direitos humanos criou o programa Imagens do Povo, que forma fotógrafos documentais em um dos maiores complexos de favela do Brasil, o Complexo da Maré.

O curso trabalha o potencial dessas comunidades para produzir seus próprios conteúdos. O resgate da dignidade dos moradores é feito imagens do povoatravés de um olhar pela inclusão, desmistificando os estereótipos formados pela grande mídia e servindo de janela para mostrar a beleza que existe e que só aparece quando é vista com a alma.  

Para Ripper, é importante fotografar os sonhos e o “mundo que pulsa” na favela, permitindo sentir o ser humano que existe e que não é mostrado pela mídia. E os resultados desse curso são surpreendentes. Depois de realizar uma pesquisa com os formados, descobriu-se que 70% das pessoas viviam com a fotografia, ou como único trabalho ou como complementação de renda.

1 comentários:

Carol disse...

Gostei do título! ;D