Nascido em uma família numerosa, de raízes nordestinas mescladas com a vida do sudeste, Ripper cresceu na zona norte do Rio de Janeiro, no bairro do Grajaú. Aos 19 anos conheceu a fotografia, aproximando-se, desde então, da linguagem do preto e branco, que veio a se tornar característica do seu trabalho. Na década de 1970, ingressou no fotojornalismo, trabalhando para veículos da imprensa diária. Porém, divergências em relação à cobertura fotográfica dos jornais da grande imprensa levam à busca de caminhos alternativos para a profissão.
Já no período da década de 1990 até os anos mais recentes, Ripper estabelece uma articulação mais estreita do trabalho documental com a atuação na área de Direitos Humanos. Junto a outros fotógrafos, funda a agencia Imagens da Terra, cobrindo temáticas sociais diversas em viagens pelo Brasil durante cerca de 10 anos.
Como uma espécie de freio, que nos faz parar e mergulhar na contemplação de um Brasil ainda surpreendentemente desconhecido (ou, quem sabe, negado) por boa parte dele mesmo, as imagens feitas por João Roberto Ripper durante uma vida inteira conseguem interromper o fluxo frenético da informação e convidam a refletir.
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