Priscila Jordão
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As novas tecnologias fazem a imprensa passar por um terremoto atualmente, declarou Otávio Frias Filho. Em palestra, o diretor de redação da Folha de S. Paulo procurou esclarecer o que é fato e o que é mito na modernização da mídia impressa e avaliou seus novos riscos, possibilidades e perdas.
O diretor conduziu sua fala por pontos positivos e negativos da tecnologia. Entre seus benefícios, incluem-se a democratização da informação, que, para ele, aumenta as chances de exercício da cidadania. O jornalismo popular e o comunitário, citou, podem ser potencializados pelo baixo custo e amplo alcance da internet.
Por outro lado, a web dificulta a responsabilização dos escritores pela veracidade e isenção do que produzem. A prática do jornalismo calunioso e inflamado de paixão partidária são comuns em blogs, disse Frias. “Toda forma de jornalismo é benvinda, pois é uma forma de diversidade, mas blogs não têm condições de competir com equipes bem treinadas e com os correspondentes dos jornais”, afirmou.
Embora reconheça a dificuldade em fazer alguma previsão para o futuro dos jornais, Frias palpitou que eles não desaparecerão. “Me parece que as diferentes plataformas [impressas e digitais] vão coexistir por muito tempo, talvez indefinidamente, como na história da cultura humana”, disse. Tal qual a literatura, que não desapareceu com o advento do cinema.
Otávio Frias fala sobre novas tecnologias no jornalismo:
Pontos Positivos:
· Aumentar o exercício da cidadania: com o acesso democrático à Internet aumentam as formas de se “por a boca no trombone”
· Jornalismo popular e comunitário: são fortalecidos pelo baixo custo e alcance da Web
· Anonimato: na internet é difícil responsabilizar alguém pelo conteúdo que produz. Verdade e isenção ficam prejudicadas pela militância política
· Falta de pessoal: Frias aponta que um blogueiro “não tem capacidade de competir com equipes bem treinadas e correspondentes de um jornal”
1 comentários:
Então vou por a boca no trombone.
Texto curto e direto. Legal, pri!
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