sexta-feira, 31 de julho de 2009

[Cultural] Altos e baixos da Folha Ilustrada

Lucas Rodrigues
lucas_rodrigues@live.com
 

CAPAFINAL.indd Quem diria que agitação política poderia influenciar na forma de se fazer jornalismo cultural? Pois é, foi exatamente o que motivou as mudanças da Ilustrada, caderno da Folha de S. Paulo, desde a sua criação, em 1958.

Segundo Sylvia Colombo, nos anos 80, as idéias de novos profissionais ligados a movimentos políticos da época transformaram a estrutura dessa seção do jornal, que se tornou mais crítica e esclarecida. Além disso, diz que “nesse período, tiveram muitas inovações tecnológicas”, como o desenvolvimento do CD, dos computadores pessoais e da popularização dos walkmans e dos videocassetes, o que também impulsionaram essa mudança.

Entretanto, conta que posteriormente, o esvaziamento político e o pensamento individualista foram responsáveis por outra reformulação do caderno. “Nos anos 90, a Ilustrada ficou muito refém do mercado”, afirma.

Para tentar contornar essa situação, a editora diz que o jornal passou a se preocupar mais com a qualidade das análises dos textos. “A gente era bem menos exigente”, explica. Ela diz também que agora o jornal se preocupa mais com a especialização dos seus jornalistas, e que em relação a essa questão “tem um controle um pouco maior”.

Compre livro sobre os 50 anos do caderno Ilustrada

1 comentários:

Ana Claudia M. Justiniano disse...

Adoro e tirinha do Níquel Náusea da Ilustrada. E pelo texto vejo que tenho produtos dos anos 80. Meu walkman já era, mas meu diskman vai muito bem, obrigada!