Lucas Rodrigues
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Quem diria que agitação política poderia influenciar na forma de se fazer jornalismo cultural? Pois é, foi exatamente o que motivou as mudanças da Ilustrada, caderno da Folha de S. Paulo, desde a sua criação, em 1958.
Segundo Sylvia Colombo, nos anos 80, as idéias de novos profissionais ligados a movimentos políticos da época transformaram a estrutura dessa seção do jornal, que se tornou mais crítica e esclarecida. Além disso, diz que “nesse período, tiveram muitas inovações tecnológicas”, como o desenvolvimento do CD, dos computadores pessoais e da popularização dos walkmans e dos videocassetes, o que também impulsionaram essa mudança.
Entretanto, conta que posteriormente, o esvaziamento político e o pensamento individualista foram responsáveis por outra reformulação do caderno. “Nos anos 90, a Ilustrada ficou muito refém do mercado”, afirma.
Para tentar contornar essa situação, a editora diz que o jornal passou a se preocupar mais com a qualidade das análises dos textos. “A gente era bem menos exigente”, explica. Ela diz também que agora o jornal se preocupa mais com a especialização dos seus jornalistas, e que em relação a essa questão “tem um controle um pouco maior”.
Compre livro sobre os 50 anos do caderno Ilustrada
1 comentários:
Adoro e tirinha do Níquel Náusea da Ilustrada. E pelo texto vejo que tenho produtos dos anos 80. Meu walkman já era, mas meu diskman vai muito bem, obrigada!
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