Por Jéssika Gonzalez
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Foi com esses e outros termos que Iatã Cannabrava conduziu sua palestra, mostrando partes de seu trabalho, ao mesmo tempo em que comentava a arte da fotografia como um todo. Tal polêmica, aliás, dos flashes serem arte ou não, abriu o encontro e introduziu outros assuntos a respeito.
“A arte é tecnológica”. Assim Iatã responde à primeira pergunta da plateia, dizendo que devemos perder o medo da tecnologia, afinal, o equipamento faz, sim, diferença, até por ser um companheiro do fotógrafo. E ele ilustra com o afinador de pianos, obrigado a saber inclusive da umidade do ar para poder trabalhar ou não.
Importante também foi a questão da contextualização da fotografia, visto que uma mesma pode ser julgada de diversas formas dependendo do local em que é publicada (jornal, documentário, galeria); é o que remete à segunda parte do título acima.
“O trabalho do fotógrafo é, sim, político, e ao extremo, e assim deve ser”. O que Cannabrava apresentou seguiu bem essa linha, pois seu foco são os lugares em que não se olha, como as periferias das cidades latino-americanas. O desafio, já disse o fotógrafo, é o “olhar para dentro”, referindo-se a registrar a casa das pessoas, mas também, por que não, filosoficamente falando.
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