Rafael Ciscati
“O que vem na cabeça de vocês quando eu falo em revista masculina?”. Para Airton Seligman, a resposta imediata é Playboy. No entanto, o editor chefe da Men’s Health destaca que o gênero não se reduz a isso – enquanto Playboy faz o típico jornalismo de entretenimento, Men’s Health envereda pelo jornalismo de serviço – “Essa é uma das áreas mais importantes do jornalismo hoje”, ressalta.
Há quatro anos no Brasil, Men’s Health procura trabalhar a questão da qualidade de vida voltada para o público masculino. Um nicho pouco explorado, sobretudo se comparado ao correspondente feminino – as revistas de bem estar para mulheres já tem cerca de meio século de história.
Segundo Airton, revistas como a que ele edita só existem, hoje, graças a transformações culturais. As sociedades mudaram seu conceito de tempo, seu ritmo de trabalho, sua forma de consumir. Tais publicações são respostas a novas demandas: “A gente vende revista nas grandes cidades, para um cara que tem uma vida agitada, mas busca um estilo de vida mais saudável”, sentencia.
Receita Editorial
Conforme explica, o projeto editorial da revista é estruturado sobre seis pilares:
Fitness - acreditam que um melhor controle sobre o corpo acarreta melhor qualidade de vida
Saúde – sempre buscada por um viés positivo, evitando alarmar o leitor
Nutrição
Sexo e relacionamento – o aspecto emocional ganha espaço; saber lidar com a parceira é tema importante.
Estilo – diferentemente de “moda”, não se reduz a perspectiva do consumo: “A gente diz coisas como – se for ter uma reunião com seu chefe, vista azul, que acalma.”
Carreira
Revistas voltadas para o entretenimento, por outro lado, falam de “sexo, carro, futebol e cerveja”, brinca Airton.
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