sexta-feira, 8 de abril de 2011

A profundidade do instantâneo e da multiplataforma

Daniela Oswald, professora de Novas tecnologias da comunicação na Faculdade Cásper Líbero, já estuda a internet há muito tempo. Desde 1996 analisa como as novas mídias influenciam na produção jornalística e como o profissional deve transformar seu olhar para se adaptar a essa nova realidade.

Para Daniela, o jornalismo já era multimídia antes mesmo do surgimento da internet. As diversas plataformas, como o impresso, o rádio, a TV e até mesmo as histórias em quadrinhos, faziam do jornalismo uma multiplataforma. A internet criou o conceito de hipermídia, no qual tudo hoje é transformado em bits, no formato digital.

Além disso, as mídias digitais precisam ser vistas como um ambiente em que a profundidade dos assuntos é possível. Para Daniela, a questão da superficialidade deve ser revista. “O rádio já era muito mais rápido do que isso, principalmente por ser em tempo real. Já na internet é possível resgatar esse conteúdo a qualquer hora e se aprofundar nos temas”, diz. 

Para o estudante, é necessário que ele tome contato com outras mídias. Daniela explica que nem sempre o que é visto na sala de aula é encontrado na prática. A internet é uma ambiente de experimentação, no qual se pode produzir conteúdo independente. “Os estudantes se apropriam muito pouco disso. É importante montar seu próprio caminho no jornalismo”.

Para lidar com o novo é preciso conhecer as diversas linguagens e ter uma visão mais ampla e multimídia do jornalismo. É importante sair dos formatos padrões. Apesar de ter formatos próprios, na internet eles são mais flexíveis e possibilitam a criação de novos modelos a todo o momento. 

Para saber mais sobre infografia e linguagens multidisciplinares:

Clarín: Jornal argentino que usa em boa parte de suas matérias diárias o recurso da infografia.

El País e El Mundo: Jornais espanhóis que têm seções dedicadas à notícias multimídias.

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