Maurício Stycer anuncia: “Sou um jornalista “old school”. Meus cabelos grisalhos não mentem”. Com uma vasta experiência no meio impresso, há menos de três anos o jornalista recebeu um convite para trabalhar com o online. A “aventura” teve um grande impacto sobre seu trabalho, transformando sua visão sobre o futuro da profissão. Mas a base para tudo permanece. Segundo ele, os princípios básicos do jornalismo são os mesmos na plataforma online. É preciso tomar cuidado com a apuração do conteúdo e ter um jornalismo ético. A essência é a mesma, para todos os meios.
A internet traz novas possibilidades para a produção jornalística. A instantaneidade aumenta a exigência de que o conteúdo seja cada vez mais apurado. Liberar uma informação precipitadamente pode gerar um grande caos na internet e reverberar para outros meios. Stycer conta que, em sua experiência na cobertura da Copa do Mundo de 2010, uma distorção de informação provocou grande repercussão. Rapidamente a notícia foi corrigida no portal online, outro diferencial da internet.
O tempo real também acrescenta a interatividade com o público. Stycer aprendeu a lidar com isso e hoje enxerga que esse é dos muitos atrativos da internet. O leitor se torna coautor das matérias. A facilidade de contato torna o público mais participante e possibilita que ele corrija informações, dê novos dados, proponha novidades e faça críticas. A resposta imediata do leitor é algo com o qual a mídia ainda precisa se adaptar para melhorar sua relação com o usuário.
O jornalista acredita que é possível ter na internet um conteúdo aprofundado, com crítica e de relevância. A internet já possibilita ao profissional esse caráter multimídia: todas as funções conhecidas podem ser usadas na transmisssão de notícias.
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