Por Mariana Soares
nanacsoares@gmail.com
Pedro Doria é o editor chefe de conteúdos digitais do grupo Estado. E como um profissional da internet, é cheio de questionamentos sobre o futuro do jornalismo e seus rumos nos mais diferentes meios.
Para Doria, a internet revolucionou o modo de fazer jornalismo, já que qualquer um pode falar e ser ouvido, não dependendo mais de um número reduzido de grupos jornalísticos. Fora isso, ela ainda barateia a reprodução e a distribuição das informações, que têm um custo alto nas mídias mais tradicionais. Mas Doria pondera que a diminuição de custos, embora boa a princípio, pode pesar na economia de um país, tanto pela diferença de custo entre as plataformas como pelo fato de que a renda da internet ainda não é tão alta. E caso isso aconteça, o jornalismo sai prejudicado.
Embora Pedro Doria concorde que a liberdade propiciada pela internet é positiva e que todo jornalista tem de ser livre para escrever, ele vê o jornalismo como um trabalho coletivo e acredita que a hierarquia presente nas grandes redações acaba formando um jornalista melhor.
É inegável que a internet veio para ficar, desafiando as mídias tradicionais em vários aspectos. E o editor de conteúdos digitais de um dos maiores grupos de jornalismo do Brasil vê como desafio encontrar maneiras para que a produção de informação continue valendo a pena financeiramente. E para isso, é claro, tem de se continuar fazendo bom jornalismo.
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