quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

“O jornalismo é a melhor profissão do mundo”, diz Ricardo Kotscho


Por Beatriz Montesanti
bmontesanti@gmail.com

DSC06475 Ricardo Kotscho, além de escrever, também gosta de falar. Amigo de outras datas da editora Eliana Sá e o jornalista do Estadão, Pedro Dória, juntou-se aos dois grandes profissionais e mais Guilherme Kroll, da Balão Editorial, para falar com os calouros de Jornalismo e Editoração da ECA-USP.

“Sou um cara de jornal, e agora da internet”. Comentou o jornalista com mais de 40 anos de profissão (inaugurou o curso da ECA em 1967) e em constante renovação. “Não tem escola melhor do que essa, e parabéns pra vocês por escolherem a melhor profissão do mundo! Sou um caso raro de jornalista que fala bem da profissão.”, comentou com os recém-ingressados.

De fato, Kotscho é um apaixonado. Já passou por publicações como Estadão, Folha e, atualmente, escreve para a revista Brasileiros, a qual ajudou a fundar. Tem 19 livros publicados. A experiência deixa um importante recado: “Não importa o cara, o veículo, a formação. A nossa principal função será sempre a mesma: apurar. A coisa mais importante no jornalismo é ser honesto e ter caráter. É bom que o leitor saiba as nossas preferências, desde que a gente não brinque com os fatos. Não importa se a mídia é nova ou velha, impressa ou eletrônica, tem lugar pra todo mundo, não importa a plataforma, importa o conteúdo.”

Sobre a grande polêmica do jornalismo na internet, Kotcho é enfático: “O papel não vai acabar porque sempre tem gente que prefere, pode diminuir a produção. A televisão, o rádio, o cinema, não acabaram com a imprensa ou com o livro. Há espaço para tudo. Você tem que ter uma boa história pra contar, pra cavar o seu espaço. Tem que ter tesão pra trabalhar, iniciativa e ser diferente dos outros.”

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