Lucas Rodrigues
lucas_rodrigues@live.com
Em análise da editoria Mundo da Folha de S. Paulo, jornal de maior circulação do país, entre os dias 20 e 22 de maio, a dependência em relação às notícias das agências internacionais ficou muito clara. De todas as matérias publicadas nesse período, apenas 26% foram produzidas integralmente por correspondentes ou enviados especiais. O restante, 74%, teve como principal fonte o material de agências como a Reuters e a EFE.
Esse fato chama a atenção para a influência das grandes agências no noticiário do país e para a necessidade de se criarem alternativas a essa situação.
Segundo a professora do Departamento de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social da UERJ, Sônia Virgínia Moreira, em O mundo pelas agências de notícias, “caso fosse possível traçar um quadro preciso do mundo a partir do noticiário internacional divu lgado pelos principais representantes da mídia nacional, estaria evidenciado que os leitores, ouvintes e telespectadores brasileiros enxergam o mundo sob a ótica de um olhar estrangeiro”.
Porém, algumas medidas vêm sendo tomadas em relação a essa questão. No último mês de março, em Roma, o Brasil assinou um acordo de apoio às atividades com a IPS (Inter Press Sevice), uma agência de notícias internacional que tem como proposta a divulgação de informações sobre os países subdesenvolvidos.
Para Carlos Roberto Tibúrcio de Oliveira, assessor especial da presidência brasileira, “o acordo confirma o interesse do Brasil na promoção de comunicação do Sul no âmbito da nova realidade internacional”.
Link para o site da IPS:
http://www.ips.org/institutional/
3 comentários:
Adorei o texto! Valeu a pena a pesquisa, é bom saber como somos dependentes das agências de notícias.
A imagem está ótima. Parabéns
Muito interessante o texto! Trata de algo não muito divulgado e debatido, principalmente dessa parceria com a IPS.
Postar um comentário