Por Bruno Federowski
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“Todo jornalismo em si tem o seu olhar. Eu gosto de chamar o meu de militante” – diz Cristina Charão. Editora do Observatório do Direito à Comunicação, parte do projeto Intervozes, não hesita em afirmar: não tem pudor de trabalhar um texto jornalístico apresentando uma conclusão.
Isso porque, segundo ela, a própria função do jornalista é militante já pela escolha do tema. Charão tenta, então, fazer de seu trabalho um veículo de transformação da sociedade. O Observatório trabalha isso em três vertentes: por meio do acompanhamento das políticas de comunicação; da cobertura de movimentos em torno desse tema; e da reflexão de certas iniciativas nessa área.
Isso não significa, entretanto, que o jornalismo militante tem de ser panfletário. Também não tem de ser, necessariamente, aliado a algum viés político. Sua equipe, por exemplo, é composta de um membro do PSOL, um membro do movimento negro e um indivíduo não afiliado a nenhum partido. “Eu acredito piamente em que militância não se faz só em partido político”, diz ela.
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