terça-feira, 24 de março de 2009

[Assessoria] Gestão de crise


Dia 29 de Setembro de 2006. Um acidente aéreo causa a morte de 155 pessoas.

O famoso caso do voo 1907 da Gol estampou capas e capas de diversos jornais e revistas. O país estava às vésperas da eleição presidencial e acabara de ver um escândalo envolvendo dossiês. No dia primeiro de Outubro, a manchete do jornal não era o resultado votação, mas sim o acidente envolvendo o Boeing.

Diante casos como esse, empresas simplesmente fecham suas portas. O que fazer para gerir uma crise como essa?

"As 24 horas que procedem um acidente são fundamentais, porque isso vai dizer para as pessoas como é que você se relaciona com elas, vai dizer o compromisso da empresa com seus clientes", disse Silvana Melati Cintra, hoje assessora de imprensa da Tam, mas que, em 2006, estava na empresa de comunicação que gerenciou essa crise.

Naquele momento, a Gol era a notícia. Enquanto as equipes de buscas do governo federal localizavam os destroços da aeronave, já era conduzida uma coletiva com representantes da Gol, preocupados em humanizar o fato e assistir as vítimas e familiares. "Tudo significa (...) você cria a forma para que toda a imagem comunique levando em consideração as circunstâncias". A coletiva foi feita de forma minuciosamente organizada. Até os rótulos das embalagens de água foram retiradas, já que naquele momento não era o objetivo fazer propaganda de nada, nem mesmo da própria empresa.

Veja o vídeo da coletiva da Gol
aqui.

É este o trabalho de uma assessoria de imprensa: mais do que comunicar, comunicar levando em consideração todo o contexto que envolve o discurso. Mais do que assessorar, relacionar-se com a mídia.

Silvana Melati Cintra, coordenadora de atendimento da Tam

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