quinta-feira, 28 de maio de 2009

[Internacional] Jornalismo sob fogo cruzado


Lucas.! Tófoli Lopes
lutofoli@gmail.com

Como o enviado especial se comporta em situações mais extremas? Guerras? Bombas? Conflitos? E quando o jornalista mal pode anotar?

Foi o caso de Lourival Sant’Anna, enviado especial do Estado de S. Paulo. Ele viveu esse tipo de situação quando esteve no Líbano, em 2006. Sob um bombardeio, o profissional teve que fazer uso de um recurso não muito comum para um jornalista de texto registrar suas percepções: ele fotografou cenas das quais participava.

Israel estava bombardeando áreas quando Lourival conheceu um sheik de uma mesquita do Sul do Líbano. A cidade do sheik Mugrab era uma das mais castigadas pela guerra. Mugrab levou Lourival até o sul do Líbano, na área xiita. Lá, vilarejos estavam sob o domínio do Hezbollah. O jornalista registrou mísseis passando próximos ao seu carro e viveu na pele como era estar numa guerra.

Sant’Anna também lançou mão de outro recurso para o registro jornalístico: ele narrou, no celular, uma madrugada em que passou sob o ataque inimigo. “Foi uma matéria onomatopéica, sofreu críticas exatamente por isso”. Lourival descreveu os sons dos mísseis e bombas. “Era como uma máquina elétrica de costura”. A sensação de estar sob um bombardeio? “Me senti muito pequeno. Uma pessoa nunca esquece uma experiência dessa”.

1 comentários:

Priscila Jordão disse...

Da-lhe incrível capacidade do Lucas em escrever textos ao vivo!!!
E da-lhe Yuri também, olhem como essa foto é expressiva e "momento decisivo"!!!