terça-feira, 30 de agosto de 2011

Mesa redonda discute a relação entre ícones e fotojornalismo

Mariana Zito e Mariana BastosSemana de foto dia 1 059

No primeiro dia da 5ª Semana de Fotojornalismo, o tema discutido foi o poder do fotojornalismo na formação de ícones. Compondo a mesa redonda, estavam Helouise Costa, Mayra Rodrigues Gomes, Atílio Avancini e Wagner Souza e Silva.

Helouise Costa, coordenadora da divisão de arte, teoria e crítica do MAC USP, contou sobre as mudanças no fotojornalismo, que antes era apenas uma forma de representação do real. Essa transformação, possibilitou a formação de ícones, pois as fotos que anteriormente eram um recorte da realidade passaram a ser feitas de modo a representar um acontecimento ou contexto histórico, as fotos deixaram de ser representações instantâneas de momentos passados, tornando-se representações de um sentimento social.

A discussão girou em torno também do conceito de ícone. Para tanto, Mayra Rodrigues Gomes, professora titular do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA-USP, introduziu o conceito de discursos circulantes e seus pontos nodais, contituídos por estereótipos que facilitam a identificação social daquele discurso. Os ícones, constituídos por estereótipos ou formando um, também ajudariam nessa identificação.

Divergindo em alguns pontos com Helouise Costa, Atílio Avancini, professor da ECA-USP e fotógrafo, disse acreditar que a foto ainda é mera ilustração em alguns casos, apresentando duas visões: a primeira seria semelhante à apresentada por Helouise, na qual a fotografia passa uma informação, um contexto, possibilitando a imersão do espectador no fato; a segunda seria a de que a foto não passa de um complemento da informação, algo ilustrativo que teve seu auge no fotojornalismo de guerra.

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