sexta-feira, 30 de abril de 2010

Inovação na cobertura esportiva

Foi-se o tempo em que esporte era só no estádio, no ginásio, na pista, na piscina... Mas nada de nostalgia, porque o esporte não acabou! Muito pelo contrário, ele ainda está entre nós, aqui mesmo, na aba do lado, no seu celular, na TV. Por meio das TVs digitais, aparelhos portáteis e internet, os jogos são transmitidos em qualquer lugar. As pessoas passaram a ter a oportunidade de acompanhá-los em tempo real. Com isso, até a manifestação do público em relação ao esporte se modificou.

João Pedro Paes Leme, diretor de programas esportivos da TV Globo, diz que “a transmissão dos jogos pela internet esbarra numa limitação puramente tecnologia”. O que as impede de crescer ainda mais é a capacidade dos servidores de suportar tantos usuários. Uma alternativa para o problema são as redes sociais, como Facebook e Twitter. Elas vêm sendo usadas para abrir um espaço de comentários dos jogos ao vivo tanto por profissionais como pelo público. Tiago Leifert, editor-chefe e apresentador do Globo Esporte, conta um caso em que estava acompanhando um jogo pela internet e várias pessoas começaram a lhe enviar tweets sobre isso. No começo do Globo Esporte seguinte, Tiago fez uma reportagem com os comentários das próprias pessoas, o que, segundo ele, deu uma matéria muito legal.

O segredo seria “descobrir primeiro como ouvir esse público para saber com mais rapidez como dar o passo seguinte”, revela Paes Leme. A Rede Globo vem tentando juntar seus recursos de TV e internet para encontrar caminhos para que isso aconteça. A inovação tecnológica encaixa com o conteúdo esportivo, que tem a chance de ser também inovador. “O esporte vai do jornalismo ao entretenimento”, diz Paes Leme. E nada como a era digital para proporcionar recursos, como integração de imagem, som e texto de forma rápida, e fazer o jogo da inovação continuar.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Palestra - Esporte na Era Digital

Internet,facebook, twitter..diante disso tudo, como muda o trabalho do jornalista esportivo? É sobre isso que João Pedro Paes Leme e Tiago Leifert falarão no seminário “Esporte na Era Digital”.

Formado em comunicação social, com passagem pelo Jornal do Brasil, João Pedro Paes Leme é o atual diretor da Central Globo de Esportes. No currículo, traz a experiência de quem já cobriu 4 olimpíadas e 2 copas do mundo, além de diversas outras competições.

Tiago Leifert é editor-chefe e apresentador do Globo Esporte em São Paulo. Em 2009 conquistou os prêmios "Revelação", conferido pela Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de S. Paulo (ACEESP), e Melhor Apresentador de Televisão, conferido pela Associação Paulista dos Críticos de Arte.


Esporte na Era Digital

Com: João Pedro Paes Leme e Tiago Leifert

Data: 29 de abril

Horário: 14h

Local: Teatro do Departamento de Artes Cênicas (ECA-USP)

Mais informações:

(11) 3091-4085

Inscrições: Encerradas!

Obs: As vagas são limitadas

Processo seletivo J. Júnior

As inscrições para o processo seletivo da J. Júnior começam dia 26 de abril e vão até dia 28. Os horários de inscrição são das 12:30 às 14:30 e das 17:30 às 19:30.

Reserve os dias 3, 4 e 5 para as atividades do processo.

O processo seletivo da J. Júnior serve para conhecermos melhor seu perfil e habilidades. Queremos saber de que modo você pode se encaixar nos projetos da empresa.

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segunda-feira, 19 de abril de 2010

O jornalismo para Marcelo Duarte

Karin Salomão

karinhasalomao@gmail.com

Hoje, o sonho de Marcelo Duarte é chegar daqui a alguns anos sabendo que vai poder contar histórias que viveu na Alemanha, na Grécia, na China e do conhecimento que adquiriu e das oportunidades que teve de conhecer lugares e pessoas diferentes. “Quando inventam essas coisas diferentes, me chamam para fazer. Já me vesti de chinês e de Hércules”, diz Marcelo.

O jornalista diz amar a profissão. Para ele, o melhor dela é aprender uma coisa diferente por dia e interagir com pessoas riquíssimas. “Jornalismo é uma coisa de vida. É tão bom chegar numa redação sem saber para onde você vai naquele dia”.

Uma coisa que aprendeu sobre o jornalismo durante sua carreira é que não se pode sair de casa sem ter lido o jornal. Para saber o que escapou a cobertura jornalística, é necessário ter lido tudo o que foi publicado.

Depois de anos procurando fontes, virou uma. Para captar a atenção do leitor, muitas matérias estão usando curiosidades. “Sou o jornalista mais procurado por outros jornalistas para procurar informações curiosas”, conta. “Da última vez que fui ao médico, levou 20 minutos até ele descobrir o que eu tinha. Ficava perguntando da Copa, do Adriano, da China, do futebol...”

O Guia dos Curiosos

Karin Salomão

karinhasalomao@gmail.com

Como conseguiu preencher o Guia dos Curiosos? “Me tornei um curioso profissional. Ganhei como se fosse um crachá, que me permitia perguntar qualquer coisa, mesmo que fosse boba.” Além disso, guardou todos os números que coletou durante sua carreira. “Um dia vou precisar disso”, dizia para si mesmo.

Ao viajar, procura por personagens interessantes nos consulados. Pesquisa em arquivos e sites oficiais. Diz que, claro, há muita coisa na internet na qual não dá pra acreditar. Mas há muitos sites confiáveis.

Suas comparações, como a da lesma e a fila do atendimento bancário, viraram uma característica marcante. Para outra matéria, comparou quantas Pizzas Hut seriam vendidas. Mediu a altura da massa e comparou a altura com a torre de Pisa.

Queria saber de onde surgiu o nome Omo. A própria gerente de marketing, que trabalhava na empresa há 7 anos, não sabia. Ela ligou para a matriz e, no dia seguinte, ligou animada com a descoberta: Old Mother Owl, velha mãe coruja, em inglês.

Foram histórias como essa que Marcelo Duarte juntou e fez o livro.

O curioso do jornalista

Raissa Pascoal

raissapascoal@gmail.com

Curioso. Além de um adjetivo para caracterizar o jornalista, o curioso é um substantivo que pode ser o sujeito de uma notícia. Marcelo Duarte aprendeu isso no início da sua carreira, na revista Placar. Apesar de amada pelos meninos por tratar de futebol, a publicação tinha um problema: saia às terças-feiras. “O torcedor já ouvia o jogo no rádio, assistia à mesa redonda e os gols no Fantástico no domingo, comprava o jornal que fala dos gols na segunda. O que o faria comprar ainda uma revista na terça-feira?”.

A resposta de Marcelo é “o momento curioso, informações que prendam a atenção da pessoa”. Para fazer com que o torcedor comprasse a revista, a redação tinha que trazer uma coisa diferente, mostrar o que os outros meios não mostravam, fazer a pergunta que ainda não tinha sido feita. Portanto, para Marcelo, o trabalho na revista Placar foi uma escola. “Foi a revista que me ajudou a me alfabetizar”.

Em uma situação, já na revista Veja, o jornalista se viu diante de uma notícia sobre o atendimento na fila bancária. Ele conta que demorou 2 horas e 10 minutos para ser atendido, o que faria parte do seu abre. Mas ainda faltava alguma coisa, porque isso todo mundo podia saber. O trunfo foi inserir o diferente para causar interesse no leitor. A comparação com uma lesma, que percorreria a mesma distância da fila em 30 minutos a menos lhe resultou em elogios e numa outra forma de se fazer jornalismo.

Sua experiência de 15 anos em revista e curiosidades como a da lesma sendo arquivadas o ajudaram na criação de seu livro “O Guia do Curiosos”, de 1996, no qual se fez perguntas que ainda não tinham sido feitas. “As pessoas ou têm vergonha ou acha que a pergunta é boba”. E deu no que deu: um livro com cerca de 189 mil exemplares vendidos só nos primeiros 10 anos.

domingo, 18 de abril de 2010

Jornalismo & Jornalismo

Estamos chegando ao fim do Ciclo de Palestras Jornalismo&. Amanhã, dia 19, Jornalismo& Jornalismo acontece a última palestra às 14h, na sala 212 do CCA (ECA-USP).

O palestrante é Marcelo Duarte, criador de O Guia dos Curiosos, apresentador da Rádio Bandeirantes, BandNews FM e ESPN Brasil e colunista do JT.

Não deixe de ir e saber o que vem pela frente.

E-flyer Jornalismo & Jornalismo

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Jornalismo & Jornalismo

Devido ao Fórum de Debates sobre Graduação da ECA, que será realizado nos dias 12 e 13 de abril durante os períodos da manhã e tarde, a palestra Jornalismo & Jornalismo foi adiada para o dia 19 de abril, às 14h no auditório da sala 212 do CCA (ECA-USP). A palestra seria realizada no dia 13 de abril.

Bem estar para homens – a receita da Men’s Health

Rafael Ciscati

rafaelciscati@gmail.com

“O que vem na cabeça de vocês quando eu falo em revista masculina?”. Para Airton Seligman, a resposta imediata é Playboy. No entanto, o editor chefe da Men’s Health destaca que o gênero não se reduz a isso – enquanto Playboy faz o típico jornalismo de entretenimento, Men’s Health envereda pelo jornalismo de serviço – “Essa é uma das áreas mais importantes do jornalismo hoje”, ressalta.

Há quatro anos no Brasil, Men’s Health procura trabalhar a questão da qualidade de vida voltada para o público masculino. Um nicho pouco explorado, sobretudo se comparado ao correspondente feminino – as revistas de bem estar para mulheres já tem cerca de meio século de história.

Segundo Airton, revistas como a que ele edita só existem, hoje, graças a transformações culturais. As sociedades mudaram seu conceito de tempo, seu ritmo de trabalho, sua forma de consumir. Tais publicações são respostas a novas demandas: “A gente vende revista nas grandes cidades, para um cara que tem uma vida agitada, mas busca um estilo de vida mais saudável”, sentencia.

Receita Editorial

Conforme explica, o projeto editorial da revista é estruturado sobre seis pilares:

Fitness - acreditam que um melhor controle sobre o corpo acarreta melhor qualidade de vida

Saúde – sempre buscada por um viés positivo, evitando alarmar o leitor

Nutrição

Sexo e relacionamento – o aspecto emocional ganha espaço; saber lidar com a parceira é tema importante.

Estilo – diferentemente de “moda”, não se reduz a perspectiva do consumo: “A gente diz coisas como – se for ter uma reunião com seu chefe, vista azul, que acalma.”

Carreira

Revistas voltadas para o entretenimento, por outro lado, falam de “sexo, carro, futebol e cerveja”, brinca Airton.

Rompendo a Resistência

Rafael Ciscati

rafaelciscati@gmail.com

Emplacar uma nova revista em um mercado dominado pela Playboy e assemelhadas não é simples. Sobretudo se a fórmula editorial for diferente daquela a que o leitor está acostumado. Para Airton Seligman, editor chefe da Men’s Health, “quando eu lanço uma revista masculina que não tem mulher na capa, o cara para pra pensar – será que isso é pra mim?”.

Para atrair o leitor, os cuidados começam pela parte gráfica – por querer vender um estilo de vida saudável, a revista traz na capa modelos masculinos com os quais o público se identifica por aspiração. Manter a foto de capa em preto e branco é uma forma de driblar possíveis resistências: “Assim a foto rebaixa um pouco, você não joga na cara do leitor a ideia do nu masculino”, explica o editor.

Outra estratégia foi adotar um ícone feminino, presente na capa de cada edição – uma pequena foto de uma modelo, anunciando alguma matéria interna.

Mas, entre se interessar pela revista na banca e tornar-se leitor fiel, a distância é grande. Por isso, a escolha das pautas é sempre um desafio. Como tratar, por exemplo, de assuntos delicados, com exame de toque? “Buscamos sempre um viés positivo – se você fizer agora não terá problemas mais tarde”, conta Airton. “A gente usa uma linguagem muito pop para tratar das coisas, sem desautorizar a informação, mas como se fossemos um amigo do leitor”.

Além disso, falar de saúde e qualidade de vida para o público masculino não é simples: “Homem não quer saber de saúde, continua se achando imortal. Como trabalhamos um conceito moderno de comportamento, quando chegamos nesse ponto o sujeito já está mais amaciado”.

sábado, 10 de abril de 2010

Como não ser pautado

Karin Salomão

karinhasalomao@gmail.com

Qualidade de Vida é um assunto ainda incipiente no jornalismo brasileiro. Por isso, Guiliana Reginatto, editora assistente da revista do Jornal da Tarde, ensina como não ser pautado por laboratórios e agências internacionais.

Quando laboratórios enviarem pesquisas, verifique se é idônea. Se a pesquisa já saiu em uma revista científica e especializada, é confiável. Estes veículos possuem banca examinadora, que verificam resultados e metodologia. Conhecer os métodos de pesquisa também é importante. Não precisa estar na matéria escrita, mas é importante que o jornalista conheça.

Na furiosa busca por uma pauta, alguns jornalistas acabam exagerando certos resultados de pesquisas. Pautas mais chamativas vendem mais. Mas o certo é não dizer “causa câncer”, mas sim “parece haver relação entre o produto e o crescimento de células cancerosas em animais de laboratório”, por exemplo.

Muitas vezes, a linha editorial do veículo também leva o repórter a publicar inverdades. O caso do ovo é exemplar. Faz mal ou não? No lugar de dar todas as variáveis, e nuances, sairá uma matéria mais chamativa e menos científica. “Dependendo do direcionamento do veículo, não vai ser publicado. Isso frustra o jornalista, porque ele queria que a matéria fosse mais balanceada”, comenta Guiliana.

Datas comemorativas podem ser gancho para matérias. Mas ganchos frios são ruins. “AIDS tem Dia Mundial, diabetes tem Dia Mundial”, diz Reginatto.

Algumas instituições distribuem prêmios para matérias sobre saúde. “Até que ponto não são tentativas de pautar a imprensa?”, provoca Guiliana. É necessário tomar cuidado com essas tentativas, por mais que a editora não veja problema em tentar ganhar os prêmios.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Jornalismo & Qualidade de vida

 

A quarta palestra do Ciclo de palestras Jornalismo& acontece nesta quinta-feira, dia 8, às 14h no Auditório Freitas Nobre (CJE-ECA). Jornalismo& Qualidade de vida teve sua data alterada do dia 7, quarta, para 8, quinta.

Os convidados são Airton Seligman, editor-chefe da revista Men’s Health, e Giuliana Reginatto, editora-assistente da revista do Jornal da Tarde.

Acompanhe a cobertura no blog e no twitter.

E-flyer Jornalismo & Qualidade de vida