quinta-feira, 26 de novembro de 2009

[Evento] 7ºSBPJor

Começou ontem o 7ºSBPJor, Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo.
O Evento é o principal fórum de jornalismo do Brasil e, esse ano, foi organizado e está sendo realizado em parceria com a J.Júnior!
O conjunto de palestras e seminários que vai até o dia 27 conta com a participação de pesquisadores do país inteiro, além de convidados internacionais.
Acompanhe o trabalho de cobertura jornalística do evento no endereço:
http://blogsbpjor.wordpress.com
E siga-nos também no twitter:
http://twitter.com/7SBPJor

sábado, 14 de novembro de 2009

[Cinéfilos] Rita Buzzar fala sobre “Budapeste”

Rafael Ciscati
rafaelciscati@gmail.com

Como traduzir em imagens uma composição literária? Para a roteirista e produtora Rita Buzzar, é esse o grande desafio (e o grande prazer) de sua profissão. Afinal, foi ela a responsável pelo roteiro e produção de Budapeste, filme baseado na obra homônima de Chico Buarque.

Formada em audiovisual pela Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP), Buzzar voltou às origens nessa sexta-feira, 13, ao participar do “Cinéfilos Apresenta…”, evento organizado pela J.Júnior  que aproxima público e realizadores para discutir a sétima arte. Nessa edição, a empresa contou com a parceria da Petrobrás. Após a exibição do filme, a produtora falou sobre os cuidados que o longa exigiu- quatro anos de trabalho, durante os quais releu o livro mais de vinte vezes.

Co-produção entre Brasil, Portugal e Hungria, Budapeste conta a história de José Costa (Leonardo Medeiros) um ghost writer atormentado, cujo relacionamento com a esposa Vanda (Giovanna Antonelli) vai de mal a pior. É na cidade húngara de Budapeste que José encontra Kriska (a atriz húngara Gabriella Hámori), por quem se apaixona. Motivo de alegria para José, vislumbre de problemas para Rita: “Eu sabia que os grandes problemas de produção, se houvesse, aconteceriam na Hungria.” A começar pela distância do idioma- mesmo o inglês utilizado pelos húngaros diferia do inglês falado pelos brasileiros: “Eu me referia ao roteiro,  eles falavam em ‘book’, e eu me perguntava- ‘por que esse cara fica falando o tempo todo sobre o livro do Chico? ’”.

Além dessa, a capital húngara ainda reservava outras peculiaridades- ao contrário do Brasil, o país não tem uma tradição forte em televisão. Os atores húngaros presentes no filme fazem parte de companhias de teatro, cujos cronogramas são extremamente rígidos, não tolerando qualquer atraso nas filmagens: “Se você pede para a companhia liberar a Gabriella por três semanas, são três semanas. Três semanas e meia já não dá.”

A isso se junta a responsabilidade de transpor para as telas o livro de um autor vivo, em evidência, e participativo. Além de ajudar na escolha do diretor, Walter Carvalho, e fazer uma ponta como ator no final do filme, Chico acompanhou o processo de criação das duas versões do roteiro. Nada que incomodasse Rita, segundo a qual o compositor é “provavelmente a pessoa que menos exerce poder”. De acordo com ela, quando se trata de adaptações de obras literárias para o cinema, há quatro tipos de autores:

1- Aqueles que não permitem a adaptação da obra

2-Aqueles que permitem, mas não veem o filme

3- Aqueles que compreendem as distinções entre cinema e literatura

4-Aqueles que veem o filme, mas reprovam o resultado

Para ela, Chico está seguramente na terceira classificação- ele entende que, por vezes, o que funciona na literatura não casa com o cinema: uma personagem pode precisar ser suprimida, como aconteceu com irmã  gêmea de Vanda, em Budapeste; outras terão de ser desdobradas.  O que preocupa Buzzar, no entanto, é o fato de o cinema fixar imagens, substituindo a liberdade imaginativa que o livro oferece: “a Budapeste do filme não é a Budapeste de quem leu o livro, não é a Budapeste do Chico”, sentencia.

Ao final do evento, foram sorteados kits contendo DVDs da obra. Budapeste estreou em circuito comercial dia 22/05, e ainda está em cartaz em algumas praças. O filme esteve entre os cotados para representar o Brasil na disputa por uma indicação de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2010, mas perdeu lugar para Salve Geral.

 

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

[Bonner] Citações


Nathália Monteiro dos Santos

natms27@gmail.com

Recados aos estudantes:

“Aproveitem imensamente a oportunidade de ter uma experiência universitária na mais importante universidade brasileira.”

“Curiosidade não pode faltar àquele que um dia pretende ser jornalista.”

Sobre os jornalistas:

“Nós, jornalistas, além de sermos humanistas, nós somos legalistas por convicção. Nós temos que defender a lei.”

Sobre o Jornal Nacional:

“O Jornal Nacional tem por objetivo mostrar aquilo que de mais importante aconteceu no Brasil e no mundo naquele dia com isenção, pluralidade, clareza e correção.”

“Os assuntos de natureza pública são eminentemente assuntos do JN e os da vida privada não. Mas o mundo tem áreas cinzentas.”

“O que nós fazemos no JN é não emitir opinião. O que você vai encontrar é uma pluralidade de opiniões e opinião zero minha e do jornalista.”

Sobre a interação âncora-jornalista in loco:

“Eu tenho um computador, um Blackberry, um iPhone, tudo o que me permite estar informado o tempo todo. O que eu tenho que perguntar para o cara? Aquilo que só ele sabe, porque ele está no local.”

“São dois jornalistas corretos, informados, conversando sobre um fato. Então, a pergunta que um âncora, jornalista, correto, faz é aquela que ele só pode saber a resposta através do seu emissário. Se não me ocorrer nenhuma pergunta inteligente e útil, eu não a farei.”

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

[Bonner] Linha do tempo – JN

Beatriz Amendola
bia.amendola@gmail.com

Em setembro deste ano, o Jornal Nacional, o noticiário mais assistido da televisão brasileira, completou 40 anos. Saiba mais sobre sua história.

1969 –"O Jornal Nacional, da Rede Globo, um serviço de notícias integrando o Brasil novo, inaugura-se neste momento: imagem e som de todo o país". Com essa frase, Hilton Gomes abre a primeira edição do Jornal Nacional, em 1º de setembro. Cid Moreira completa a dupla de apresentadores. Veja a primeira abertura do programa e um resumo do que ele mostrou.

1972 Cid Moreira ganha um novo parceiro: Sergio Chapelin, que substitui Hilton Gomes na apresentação. Surge então a dupla que permaneceu mais tempo no comando do Jornal. Foram, ao todo, 18 anos.

1977 Inovação: Glória Maria é a primeira repórter a entrar ao vivo no ar, com uma matéria sobre o trânsito no Rio de Janeiro.

1983 Celso Freitas substitui Chapelin na apresentação do programa.

1984 - Polêmica: No dia 25 de janeiro, ocorre na Praça da Sé, no centro de São Paulo, um comício pelas eleições diretas. Mais de 200 mil pessoas participaram do evento. Contudo, o Jornal Nacional dá a notícia na mesma reportagem em que fala sobre as comemorações do aniversário da cidade.

1989 Sérgio Chapelin volta a formar a dupla com Cid Moreira. O Jornal ganha uma nova abertura e um novo cenário. E uma nova polêmica: devido à edição do debate presidencial, exibido primeiramente no Jornal Hoje e depois no JN, a Globo foi acusada de favorecer o candidato Fernando Collor de Melo, que disputava o segundo turno com Luiz Inácio Lula da Silva.

1994 No ano em que o JN comemora 25 anos de existência, ocorre um dos fatos mais marcantes de sua história: o episódio Leonel Brizola. Chamado de “senil” por Roberto Marinho dois anos antes, o ex-governador do Rio conseguiu na justiça um direito de resposta na emissora. Assim, no dia 15 de março, o apresentador Cid Moreira leu um texto de quase 3 minutos elaborado pelo político.

1996 Evandro Carlos de Andrade, diretor da Central Globo de Jornalismo, promove uma grande mudança no noticário: o comando da bancada passa para a dupla William Bonner e Lilian Witte Fibe. Veja o momento em que Cid Moreira e Sergio Chapelin anunciam a mudança.

1998 Outra mudança na bancada do jornal. Sai Lilian Witte Fibe e entra Fátima Bernardes, formando com William Bonner a dupla que está no ar até hoje.

2000 - O JN passa a ser apresentado na redação, e não mais no estúdio.

2001 Pela sua cobertura dos atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos, o JN é indicado para o prêmio Emmy, o Oscar da televisão. O programa também conquista o Prêmio Esso de Jornalismo com a reportagem “Feira de Drogas”.

2002 - Fátima Bernardes apresenta o JN ao vivo da Coréia do Sul e do Japão, por conta da cobertura da Copa do Mundo. No mesmo ano, o jornalista Tim Lopes é assassinado ao realizar uma matéria sobre bailes funk em uma favela do Rio de Janeiro. No dia da confirmação de sua morte, é feita uma homenagem no encerramento da edição: os profissionais de jornalismo da emissora, na redação, reúnem-se em uma salva de palmas a ele.

2006 Acontece um dos maiores projetos do telejornal, a “Caravana JN”, em que Pedro Bial percorre o Brasil para entrevistar eleitores. A cada duas semanas, o JN era apresentado ao vivo de alguma das cidades.

2009 O Jornal Nacional completa 40 anos.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

[Bonner] Inovação na reportagem

Beatriz Amendola
bia.amendola@gmail.com

“Qual a diferença de fazer ao vivo ou gravado se não há interação?” A questão, discutida entre William Bonner e Ali Kamel, atualmente diretor da Central Globo de Jornalismo (CGJ), motivou uma grande mudança no formato jornalístico do JN, que completou 40 anos agora em 2009.

A entrada ao vivo do repórter era marcada pela formalidade. Não havia uma verdadeira conversa entre ele e o âncora. “Antes era tudo combinado”, conta Bonner.

Agora, o repórter não tem que decorar um texto. Ele apura e passa as informações para o editor. No momento do ao vivo, os âncoras, com base naquelas informações, realizam perguntas para o repórter, como numa conversa. “São dois jornalistas corretos, informados, conversando sobre o fato”, diz Bonner.

Mas surgiu uma duvida em um primeiro momento: como seriam essas perguntas? Segundo Bonner, elas tem de fugir da obviedade. “Tenho que perguntar pro cara aquilo que só quem está lá pode ver”, afirma. E se não ocorrer nenhuma pergunta útil e inteligente? Não se faz a pergunta.

O editor-chefe do JN ainda comenta a repercussão da mudança: “É difícil romper o formato de um produto forte como o JN”. A primeira experiência nesse novo formato, em uma matéria feita pelo repórter Roberto Paiva no Pará, em março deste ano, foi um choque. Porém, foi recebida positivamente. “As pessoas gostaram e não sabiam o que tinha acontecido.”

[Bonner] A escolha da notícia

Beatriz Amendola
bia.amendola@gmail.com

“Como você seleciona os assuntos que vão entrar no Jornal Nacional?” Essa é a pergunta mais ouvida por William Bonner, o editor chefe do Jornal. Segundo ele, o “JN tem por objetivo mostrar aquilo que de mais importante aconteceu no Brasil e no mundo naquele dia com isenção, pluralidade, clareza”. Para tanto, há certos critérios que devem ser considerados na seleção das noticias.



Os critérios primários determinam o que vai entrar no noticiário. São eles:

Abrangência
Leva em conta quantas pessoas terão suas vidas afetadas pelo fato. Um assunto que tenha implicações na vida de toda a população brasileira terá mais destaque do que, por exemplo, uma decisão local de um município.

Gravidade das Implicações
É o critério que avalia as conseqüências do que aconteceu. E ele freqüentemente entra em conflito com o critério anterior. Bonner cita um exemplo: Se uma ponte cai em uma cidade do interior do Tocantins e não mata ninguém, não seria noticia. Porém, se a ponte é a única forma de se levar suprimentos do Sudeste para o Norte, a situação se altera.

Caráter Histórico
A eleição de Barack Obama, a morte do Papa, o 11 de setembro. Fatos como esses, que tem uma importância para a história, entram obrigatoriamente na pauta do jornal. Segundo Bonner, cobrir um acontecimento histórico “é a coisa mais orgástica do nosso trabalho”. “O que a gente gosta de fazer é antecipar a historia dos livros numa pagina do jornal”, completa.

Peso do Contexto
Na hora da escolha das notícias, deve-se considerar o contexto do dia e das outras notícias que serão dadas. Como exemplo, Bonner citou o exemplo da morte de Toninho do PT. O prefeito de Campinas poderia ter sido vítima de um crime político, oq eu gerou grande repercussão netre as autoridades. Foram feitas duas reportagens. Porém, a notícia seria dada justamente no dia 11 de setembro. Logo, foi preciso dar menos destaque à matéria sobre a morte do político.

Importância do Todo
“Eu posso chegar ao fim da reunião, olhar o espelho e ver que o JN esta desbalanceado”, diz Bonner. De acordo com ele, às vezes o jornal pode pender muito para um tipo de notícia, como as policiais, por exemplo. Nesses casos, o editor chefe do JN vai “buscar, nas noticias que se oferecem, algo para balancear, para equilibrar”.

Mas tudo o que vai entrar terá seu tamanho. Para determinar isso, são usados os critérios secundários:

Complexidade
“Quanto mais complexo um assunto, mais tempo ele leva para ser contado”, explica Bonner. Em temas difíceis, como uma pesquisa em física quântica, é importante que o repórter converse com fontes da área e peça para elas explicarem didaticamente o assunto.

Tempo
Trata-se do tempo disponível para a matéria ir ao ar, que depende das outras notícias do dia. Um caso, citado também no livro, é o do premio Nobel de Física: no dia, foi dada apenas uma nota, pois havia outras matérias de maior relevância.

[Bonner] Bonner fala sobre seu livro

Raissa Pascoal
raissapascoal@gmail.com

Convidado para escrever um livro sobre o Jornal Nacional, William Bonner sabia que não poderia ser outra obra sobre a história do telejornal. “Esse livro é um xodozinho. Seria ridículo fazer outro da história”. Diferente do livro do mesmo assunto publicado há cinco anos, a proposta do JN: Modo de fazer é mostrar como ele funciona. Âncora do JN há dez anos, Bonner diz que “não tem ninguém mais indicado para falar disso do que eu”.

“O livro não é muito grosso, tem umas letras grandes e está cheio de figuras”. Para Bonner, esta característica - além da importância do livro para entender o que é, como é feito e qual é o objetivo do telejornal -, é um incentivo para sua leitura.

Bonner diz que a publicação desmitifica sua imagem. Ele mostra que o JN não é feito só por ele, mas por uma legião de pessoas. A intenção é que os leitores compreendam perfeitamente como ele é feito. Para isso, todo o processo de produção é descrito.

[Bonner] A universidade na formação do jornalista

Raissa Pascoal
raissapascoal@gmail.com

Em uma sala da Escola de Comunicações e Artes, há 20 anos, José Coelho Sobrinho, professor da casa, disse para os alunos “Este grupo que está aqui vai ser um grupo de ponta no jornalismo brasileiro”. Um dos alunos era William Bonner.


Estudante de Publicidade, um tanto deslocado no grupo, Bonner aproveitava para assistir a aulas de outros cursos. Para ele, aproveitar tudo o que a mais importante universidade brasileira, a Universidade de São Paulo, oferece é uma oportunidade imensa.

Segundo Bonner, aqueles colegas que mais andaram pela USP foram os que se colocaram melhor no mercado. Neste ponto alguns poderiam dizer: “Mas o mercado está saturado e o diploma não é mais obrigatório”. Para estes, Bonner retruca: “O mercado não está saturado para bons profissionais de boas universidades”. Curiosidade, domínio da língua portuguesa e interesse pelo conhecimento humano, como História, Filosofia e Sociologia, fazem a diferença na profissão.

O editor-chefe do Jornal Nacional diz que colheremos bons resultados aqui dentro se soubermos aproveitar. Ele é a prova de que, mesmo sendo um estudante de publicidade cursando algumas matérias de jornalismo, o importante do “fazer jornalístico” é “pensar o jornalismo a todo instante” e em um plano abrangente

domingo, 8 de novembro de 2009

[Bonner] O vício do Bonner

Yasmin Abdalla
yasmin.abdalla@gmail.com

 twitter   bonner  

William Bonner alcançou uma média de 211 mil seguidores no twitter desde sua entrada definitiva no microblog no começo de outubro. Isso representa que o jornalista teve uma média de 7.000 novos seguidores diariamente.

O apresentador do jornal nacional gostou tanto do Twitter que não passa um dia sem twittar, com uma média de 20 tweets por dia. Sua característica principal é a interação com seus seguidores.

Outro dia, antes de entrar no ar, pediu aos internautas sugestão de figurino: "Rápido. Camisa rosa. Paletó marinho. Sugestão de gravata". Milhares opinaram e ganhou a de cor bordô.

A partir dái, não parou sua conversa com os twitteiros: "Quem quer foto de Bonner de sunga diga: eu!". E publicou foto de sua infância. O apresentador entrou no Twitter e se descobriu: dedica grande parte de seus dias a conversar e revelar intimidades aos seguidores.

Em entrevista ao canal GNT, Bonner falou sobre a forma de utilizar o Twitter, ele prefere levar o microblog como uma brincadeira. Uma brincadeira que o colocou entre os twitteiros mais influentes do mundo, segundo um site americano de análise do microblog, Twitalyzer. O jornalista passou na frente de Marcos Mion e Luciano Huck, por exemplo, que estão entre os twitteiros mais famosos do Brasil.

 

Curiosidades do @realwbonner
fonte: Twitter Analyzer - última visita: 07/11/09

  • Seguidores: 211.211 pessoas
  • Alcance por tweet: 1.071.196 pessoas
  • Principais tags utilizadas: #boanoite  -  #Rio16  -  #keromeucop
  • Palavras mais utilizadas: que -  @realwbonner -   não
  • Dia que mais twittou: 1 de novembro de 2009, com 50 tweets

*Está por fora do Twitter (para falar a verdade nem sabe o que isso)? Achou esse texto uma mistura de termos estranhos e números? Saiba um pouco mais sobre essa febre que invadiu o Brasil e o mundo: http://www.twitterbrasil.org  

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

[Bonner] Curiosidades do Jornal Nacional

Rafael Aloi

rafael.ca.paschoal@gmail.com

hilton-cid-chapellin

Boa Noite! Os brasileiros já ouviram essas palavras serem pronunciadas mais de 4000 vezes por William Bonner e Fátima Bernardes. Porém, o casal mais famoso da TV brasileira está longe de alcançar a marca de 6000 “boas noites” de Cid Moreira, ao longo dos 27 anos em que o jornalista apresentou o Jornal Nacional.

Bonner só assumiu a bancada em 1996, junto com Lillian Witte Fibe, quando substituiu Cid Moreira e Sérgio Chapellin, a dupla que mais tempo permaneceu à frente do jornal, por 11 anos. Fátima Bernardes, por sua vez, só foi se sentar ao lado do marido em 1998.

A primeira mulher a apresentar o programa foi Valéria Monteiro, em 1992. E desde então elas vem fazendo história no programa. Em 1977, Glória Maria foi a primeira repórter a entrar ao vivo. E em 2002, Fátima Bernardes foi eleita a “Musa da Copa” pelos próprios jogadores da seleção.

Não só os apresentadores se alteraram nesses 40 anos, mas também o cenário, que é tão familiar a todos, já foi trocado 8 vezes, assim como o famoso tema de abertura que recebia sempre um arranjo novo acompanhando a mudança. Aliás, o estúdio que se vê ao fundo é onde a Rede Globo gravou cenas históricas, como o assassinato de Odete Roitman.

Mas os momentos mais marcantes da história do JN são as mJNortes de grandes personalidades. Quem não se lembra da famosa foto de Tim Lopes exposta no fundo da redação após o jornalista ter sido assassinado? Na morte de João Paulo II, o tema da escalada foi alterado. E em 17 de agosto de 1987, Cid Moreira levantou-se da bancada e declarou o poema “José”, em homenagem à morte de Carlos Drummond de Andrade. Entretanto, 6 de agosto de 2003 foi o dia mais emocionante do jornal, quando Bonner chorou ao ler uma carta escrita pelos filhos de Roberto Marinho, no dia da sua morte.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

[Bonner] Jornal Nacional: Modo de Fazer

Raissa Pascoal

raissapascoal@gmail.com

Publicado em setembro deste ano pela editora Globo, no Rio de Janeiro, Jornal Nacional: Modo de Fazer é um livro comemorativo pelos 40 anos do Jornal Nacional. William Bonner, atual editor-chefe Jornal Nacional Modo de Fazerdo JN, escreve a obra com a intenção de mostrar o telejornal através dos olhos de alguém de dentro.

O livro começa discorrendo sobre a estrutura da Rede Globo, que dá base para a produção do jornal. Bonner fala das emissoras afiliadas espalhadas pelo Brasil e do trabalho da equipe na apuração das notícias.

Após isso, o autor passa a mostrar o planejamento de um dia típico do JN. Bonner discorre sobre as reuniões realizadas ao longo do dia, o processo de decisão das pautas a partir de critérios de seleção, a apuração, a edição, o fechamento, até a ida ao ar.

No entanto, o JN não é feito apenas de dias normais. Nos dias atípicos, acontecem eventos inesperados, como a morte de uma figura importante ou atentados do PCC em São Paulo. Para dar contar de cobrir esses acontecimentos, a equipe do JN deve se organizar em pouco tempo para colocar a notícia no ar. Épocas de eleição também se incluem nesse campo.

Por fim, Bonner comenta sobre o estilo da linguagem do JN. Assistido por muitos brasileiros, de diversas origens e classes sociais, o texto do jornal é feito por pessoas que se preocupam com o entendimento de todos os telespectadores.

Os direitos autorais do livro foram doados a Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), onde será realizada a palestra com William Bonner na próxima segunda-feira.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

[Bonner] Vagas esgotadas!

As vagas para o seminário “JN: Modo de Fazer”, com William Bonner, estão esgotadas!

Para as pessoas que ficaram na lista de espera, não deixem de comparecer no dia 9 de novembro, às 9 horas da manhã, para o caso de alguma vaga livre no auditório.

Obrigado a todos, e até a palestra!

[Perfil] William Bonner

Lucas Rodrigues
l.mariano.rodrigues@gmail.com

bonner

Publicitário, jornalista, escritor, locutor de rádio e apresentador de TV. Não são poucas as qualificações que preenchem o currículo de William Bonemer Júnior, mais conhecido como William Bonner. Nascido em 16 de novembro de 1963, em Ribeirão Preto, o âncora do telejornal de maior audiência do país teve que passar por diversas experiências até chegar ao cargo.

Formado em Publicidade e Propaganda pela Escola de Comunicações e Artes da USP, Bonner iniciou sua carreira como redator publicitário em 1983, na agência paulista Mass. O seu primeiro contato com o jornalismo aconteceu, porém, um ano depois, na Rádio USP FM, em que foi locutor.

Seu trabalho na TV começou em 1985, na Bandeirantes de São Paulo, como locutor e apresentador. No ano seguinte, foi convidado pela TV Globo, onde acumulou as funções de apresentador e editor do SPTV. Desde então, fez parte das equipes do Fantástico, do Jornal da Globo e do Jornal Hoje.

Em 1996, assumiu o Jornal Nacional, onde continua até hoje, ao lado de sua esposa Fátima Bernardes. Lá, participou de coberturas importantes como a dos atentados ao World Trade Center, das eleições presidenciais de 2005 e da morte do Papa João Paulo II.

Este ano, em comemoração aos 40 anos do Jornal Nacional, Bonner escreveu o livro “Jornal Nacional: Modo de Fazer”, em que explica a rotina e mostra os bastidores do programa. Em uma recente entrevista, o jornalista admitiu ser muito exigente como editor-chefe do telejornal, e que mesmo após tantos anos em frente às câmeras, não se sente confortável com a sua própria imagem: “Sou muito crítico, até hoje não gosto de me ver”.

[BONNER] Seminário JN: modo de fazer





Dia 09/11, segunda-feira, às 9h.
Palestra com William Bonner aqui no Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA-USP.

E até lá, aqui, no blog Jornalismo Junior, você acompanha tudo sobre a vida e o trabalho do nosso palestrante - para chegar na palestra com perguntas afiadíssimas.

E atenção: as vagas são limitadas. E sobram bem poucas. Se ainda não fez a sua, não perca tempo. Na J.Júnior, sala 33 do CJE, das 14h às 18h até sexta-feira, dia 06/11

terça-feira, 27 de outubro de 2009

[Arte-Texto] Aliada dos atletas

Lucas Rodrigues
l.mariano.rodrigues@gmail.com

cerveja

 

Clique aqui e veja mais informações sobre o estudo.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

[Assessoria] Passo a passo da Assessoria J.Júnior

Beatriz Amendola
bia.amendola@gmail.com

No workshop interno da J.Júnior, promovido pelo núcleo de Assessoria de Imprensa no dia 08 de outubro, o Diretor de AI, Ricardo "Borbas" Azarite, explicou os 8 passos essenciais na execução da tarefa do Assessor. Borbas ressaltou que essas são as principais etapas do modo J.Júnior de conduzir o trabalho de assessoria e nosso método próprio de execução. Confira-os aqui:









I Estratégias com o cliente
Em assessoria, você precisa conhecer muito bem o seu cliente e as ciricunstâncias que o cercam. Há 4 pontos principais que devem ser analisados: força, oportunidade, deficiência e ameaça. A partir dessa análise, determina-se o que o cliente precisa melhorar e do que ele deve cuidar. Este também é o momento de definir um planejamento, que inclua itens como o enfoque do release e como a divulgação vai ser feita.

II Produção de Mailing
Aqui você vai montar a lista dos contatos para quem você irá divulgar seu cliente. Deve-se ter em mente a seguinte pergunta: “Com quem meu cliente combina?”. Não é em todo lugar que seu cliente vai ser vendido (se o seu cliente é uma indústria farmacêutica, não adianta entrar em contato com uma revista de esportes, por exemplo). Por isso, evite enviar e-mails freneticamente para vários veículos – é desperdício de tempo e energia e ainda pode sujar o seu nome.

III Produção de release
O release não é propaganda. Ele é um texto jornalístico, que deve ser informativo. O texto deve despertar o interesse do jornalista para que ele vá atrás de sua pauta. Para tanto, é importante que ele seja criativo e tenha um titulo bem feito. Depois de pronto, confira a qualidade dele - já que o texto vai circular na mídia, ele deve estar impecável. E uma dica: quanto mais especifico para o jornalista/veiculo, melhor.

IV Sugestão de pauta
Este é o momento de entrar em contato com os jornalistas do seu mailing e tentar vender a pauta. É importante ser calmo, claro, objetivo e usar argumentos racionais. Mostre tudo o que sabe sobre seu cliente e não leve grosserias para o lado pessoal – nem sempre a pessoa do outro lado da linha tem tempo disponível para te ouvir. Tenha jogo de cintura: se ela não se interessar, peça uma indicação de quem se interessaria.

V Divulgação por email
Depois da conversa com o jornalista interessado, deve-se enviar o release para ele. Lembre-se de colocar no assunto algo que remeta ao que foi conversado.

VI Follow up
É o acompanhamento da sua pauta na redação do veículo para o qual ela foi vendida. Ligue para o jornalista para saber se a matéria vai sair mesmo e se pode ajudar com algo. Seja solicito sempre, mas não ligue demais: o recomendável é fazer isso apenas duas vezes.

VII Clipping
Reúna todas as matérias em que seu cliente teve exposição na mídia. Além de ser a prova de sucesso do assessor, é um material bom de se guardar para projetos futuros e para conseguir novos clientes.

VIII Relatorio
Depois do sucesso, é hora de elaborar um relatório. Ele é um importante feedback para o cliente, e deve conter uma boa analise do clipping (como o meu cliente foi citado em que meios). Dessa forma, ele facilita planejamentos futuros e auxilia na gestão de conhecimento.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

[Arte-Texto] ONG Um teto para meu País

Yasmin Abdalla
yasmin.abdalla@gmail.com

Para a visualizar melhor a arte-texto é só clicar na imagem:

arte_ong

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

[Arte-Texto] Carros e Dinos?

Priscila Jordão
priscilajordao@gmail.com

infog

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Processo Seletivo


A J. Júnior realizará um novo processo seletivo neste mês de setembro para as diretorias de Assessoria de Imprensa, Comunicação, Esporte e Eventos.


Os interessados devem inscrever-se entre os dias 14 e 18 de setembro por meio do link acima, no cabeçalho da página. As atividades serão realizadas entre 21 e 25 de setembro.

Para mais informações, acompanhe nosso blog!



quarta-feira, 9 de setembro de 2009

[Fotojornalismo] Fotos campeãs da Saída Fotográfica

Lucas Rodrigues
lucas_rodrigues@live.com

A III Semana de Fotojornalismo acabou, mas deixou conosco muito conhecimento e belas imagens, nas diversas fotos tiradas durante a Saída Fotográfica.

Confira a seguir as fotos vencedoras da Saída, que nesse ano passou pelo Vale do Anhangabaú:

 

lugar 

                                            de Leonardo Zaneti de

                             Carvalho

 

lugar

                                                

                              de Felipe Clemente Lara Campos

 

lugar

                                                    de Carlos Augusto

                          Horta Gomes

 

 lugar

 

                                                    de Leonardo Zanon

 

 lugar

                                   de Inês Correa

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

[Fotojornalismo] A Madona de Bentalha

Raissa Pascoal
raissapascoal@gmail.com

Após especificar as três dimensões da imagem - significação, forma e pragmatismo -, Philippe Dubois exemplifica com uma fotografia de Hocine Zaourar, chamada "A Madona de Bentalha". A foto é de uma mãe após saber da morte de seus filhos no massacre no subúrbio de Bentalha, na Argélia, em 1997, na época dos movimentos fundamentalistas islâmicos.

Três Imagens - Madonda de Bentalha Como documento, a foto representa o desespero e a perda. A sua significação intrínseca, ou seja, aquela que reconhecemos como algo já visto, é o massacre e o sofrimento do povo argelino. Já a referencial, que necessita do contexto, está ligada ao significado de dor da guerra.

Após ser chamada de Madona, a foto passou a ser mais do que um documento, era um monumento, um símbolo. Isso aconteceu porque, quando falamos em Madona, inscrevemos a imagem na tradição cultural e iconográfica cristã. Ela adquire uma forma, não apenas uma significação. A imagem passou a ser a representação de Pietá, ligado ao sofrimento de Nossa Senhora após a morte de Cristo. É a figura da mãe sem os filhos, sacrificados em nome de sua religião

O sucesso da foto foi grande, com a publicação em 750 jornais do mundo. Hocine Zaourar recebeu o World Press Photo de 1997, a mais importante recompensa internacional na matéria de fotojornalismo.

[Fotojornalismo] Três dimensões

Lucas Rodrigues
lucas_rodrigues@live.com

O que enxergamos quando olhamos uma imagem? Segundo Phillipe Dubois, existem três tipos de coisas que temos que compreender ao admirar uma fotografia. Para o professor, são três dimensões:

1. Significação - diz respeito ao contéudo da imagem.Nesse aspecto,

distinguimos duas características: a intrínseca, quando reconhecemos algo que já vimos, e a referencial, que requer um conhecimento mais amplo, um saber do contexto da fotografia. Nesse ponto, a fotografia representa um documento.

2. Forma - trata sobre a forma como o conteúdo é representado. Exige

uma
consciência estética do receptor. "Leva em conta a cultura da forma como cultura de conhecimento, não apenas de representação, mas modos de conhecimento do mundo", explica Dubois. Aqui, a foto tem função de monumento.

3. Pragmatismo - determinação dos objetivos que vão sendo

atribuídos à
imagem. Como exemplo, Dubois fala sobre uma fotografia tirada por um fotojornalista. Essa foto pode, primeiramente, ser destinada a um jornal, depois ela vai para um arquivo, pode então ser publicada novamente (num diferente contexto), parar em um livro de fotografia, participar de uma exposição etc. Para Dubois, o uso variado de uma mesma imagem produz diversas significações. "É importante ter consciência de seu uso e de sua história", completa o professor.

[Fotojornalismo] A fotografia a favor da publicidade

Nathália Monteiro dos Santos
natms27@gmail.com

José Fujocka ingressou no mundo das artes através da pintura. Estudante de artes plásticas, ele fez um curso de fotografia no Instituto Lasar Segall. Foi ali que se apaixonou por registrar a vida em quadros e escolheu dedicar sua vida profissional a isso.

Fujocka se envolveu primeiramente com o fotojornalismo. Ele trabalhou no jornal Notícias Populares, onde fotografou desde celebridades até pessoas mortas. Ele optou por sair do jornal e se arriscar no ramo de fine art, ampliando fotos de sua autoria e fazendo intervenções com fins estéticos. Mais tarde, ele passou a ser requisitado por seus amigos fotórgrafos.

A demanda por seu trabalho incentivou Fujocka a montar seu próprio laboratório fotográfico. No início, ele só lidava com fotos em preto e branco, para exposições ou cópias museológicas; seu foco eram os fotógrafos que realizavam projetos artísticos. Esse nicho, no entanto, não trazia recursos suficientes para que o negócio se sustentasse.

A experiência que tinha na parte de criação, na qual lidava com programas como Pagemaker e Photoshop, ajudou-o a conseguir um emprego em uma agência de design. Lá, ele atuou como diretor de arte durante dois anos e fez diversos projetos para a indústria farmacêutica.

Nesse período, Fujocka ampliou muito seu conhecimento sobre Photoshop. Isso foi importantíssimo para que ele fosse indicado para um novo cargo em um outro estúdio fotográfico, onde ficou até 2002. Foi quando Fujocka decidiu ser um empreendedor mais uma vez e montou um laboratório fotográfico em um quartinho dentro de sua própria casa. É lá que as artes para várias campanhas publicitárias são elaboradas.

Hoje, a Fujocka Photodesign conta com uma equipe de apenas doze pessoas. É uma empresa pequena, assim como as outras do ramo. Fujocka explica que o tamanho reduzido é justificado pelo trabalho que elas executam, que é “muito minucioso e exige um olhar muito apurado. O que importa é a qualidade.”

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

[Fotojornalismo] Camiseta da Semana

camisa 002

A Marca Pó de Arroz desenvolveu exclusivamente para a III Semana de Fotojornalismo a camiseta ao lado que vocês já viram por aí.

A camiseta será vendida na sexta-feira, dia 4, por R$25,00. A edição é limitada! Não perca a chance de comprar a sua.

[Fotojornalismo] O mistério acabou!

Durante a semana, nosso blog e nossa equipe foram bombardeados pelo público com uma dúvida: qual é o nome do filme apresentado por Phillipe Dubois na palestra “Fotografia e Cinema”, na segunda-feira (31/08)?

Para você e os outros que estavam curiosos, a nossa equipe foi apurar e descobriu. Trata-se de Time Machine, do alemão Egbert Mittelstadt. A obra foi exposta na mostra Movimentos Improváveis: O Efeito Do Cinema Na Arte Contemporânea, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro em 2003. Aliás, sabe quem fez a curadoria da exposição? O próprio Philippe Dubois!

Se você não viu nosso post sobre o filme, pode vê-lo aqui.

[Fotojornalismo] Barthes por Dubois

Lucas Rodrigues
lucas_rodrigues@live.com

A semiologia da imagem: significação, denotação, produção de sentido. Na segunda palestra do penúltimo dia da III Semana de Fotojornalismo, Philippe Dubois comenta o pensamento do autor de tais análises, o escritor, crítico e filósofo francês Roland Barthes.

Segundo Dubois, Barthes formulou suas teses a partir da influência de duas teorias opostas: a de Walter Benjamin e Rudolf Arnheim. Afinal, a fotografia representa ou não a realidade? "Para Arnheim, a fotografia tem um corpo de significação; e para Benjamin, ela vem do real" explica o professor.

Dubois afirma também que Barthes tenta explicar como elementos da linguagem produzem sentido na imagem fotográfica. Para ele, "Barthes tenta ver a estrutura de todos os objetos que analisa. É nesse contexto que devemos considerar suas primeiras obras". P1010190

Sobre o trabalho mais famoso de Barthes, “A Câmara Clara”, destaca a segunda parte do livro como a mais importante para debates atuais e completa que "hoje, o que fica da obra é essa parte do real que vem matar a imagem".

Além de desenvolver essa discussão, Dubois também comenta textos do autor sobre diferentes temas, como o que Barthes escreveu para a Cahiers du Cinema, nos anos 1980: “É um livro sobre o cinema, contra o cinema”, afirma.

[Fotojornalismo] O aparato tecnológico no fotojornalismo

Raissa Pascoal
raissapascoal@gmail

O que é um bom fotojornalista? É o fotógrafo que "tem que resolver a coisa em poucos minutos" e com o uso de clichês. O leitor deve entender a foto assim que a olhar. "Isso cansa, o torna um cara extremamente técnico". Isso é o que diz Pio Figueiroa.

Pio diz que é bom pensar antes de tirar a fotografia. Ela tenta imitar um pouco a vida e o fotógrafo entra na profissão com uma certa carga pessoal.

Mas hoje, os fotógrafos contam uma grande aliada: a tecnologia. "A fotografia talvez seja dessas expressões humanas que mais faz uso e tem resultado do aparato tecnológico. A gente está muito mais virtual do que virtuoso hoje em dia", diz Pio.

Câmaras fotográficas de alta qualidade e programas de edição são largamante utilizados. O fotógrafo da Cia da Foto comenta que o extenso uso da tecnologia chega até a nos confundir se o resultado obtido deve-se a nós ou de nós junto com o aparato tecnológico.

[Fotojornalismo] O ser, a fotografia e o significado

Raissa Pascoal
raissapascoal@gmail.com

"O que o fotógrafo faz é transmitir imagens deste mundo para outro, um mundo banal". A frase é do vídeo de apresentação do fotógrafo Márcio Scavone na palestra de "Fotojornalismo e revista".

Mas escolher a imagem certa não é simples. O grande fotógrafo é aquele que tem um instinto de saber olhar para a imagem e dizer "é esta". A escolha é algo pessoal, cada um tem um parâmetro.
DSC_0058

"Um dia o editor falou que eu fazia fotojornalismo e eu fiquei muito surpreso. Eu pensei que eu fazia retrato", diz Scavone. Para ele, "todo retrato é um auto-retrato (...) Você está pondo a sua vida, você está pondo o seu ser".

Em complemento a Scavone, Pio Figueiroa diz que "o resultado de uma foto é mais importante que um pretensão individual".

Porém, não é só o fotográfo que atua na construção . Uma mesma fotografia pode ter diversos significados. "Uma fotografia da lua na parede de um general é diferente de uma fotografia da lua na parede de uma moça apaixonada", diz Scavone.

[Fotojornalismo] A oposição da fotografia no Brasil e no exterior

Raissa Pascoal
raissapascoal@gmail.com

Na palestra sobre "Fotografia e revista", Pio Figueiroa, da Cia de Foto, comentou sobre a diferença de mercado nacional e internacional para a fotografia.

A revista no Brasil depende muito de retratos. Segundo Pio, "dá para dizer que 90% da demanda são retratos". Já para revistas internacionais, os trabalhos são mais elaborados.

DSC_0041Para o fotógrafo, a relação com o mercado de fora é mais interessante. O campo de trabalho é mais aberto. Espera-se que o fotógrafo pense e crie uma história a partir da imagem.

Por outro lado, no Brasil, não se tem muito espaço de atuação para se levar a imagem ao campo subjetivo.

A relação no mercado brasileiro de revista é mais prática e objetiva. Pio diz que trabalham a produção para virar um produto, uma venda. Para ele, na produção nacional, a noção de fotojornalismo fica a dever. "É um certo marketing para trabalhar nossa produção", diz sobre a produção de fotos para revistas.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

[Fotojornalismo] Saída em fotos

Créditos: Lucas Rodrigues

Ano da França no Brasil

Saída Fotográfica - J. Júnior Saída Fotográfica - J. Júnior

Saída Fotográfica - J. Júnior Saída Fotográfica - J. Júnior

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Clique aqui e veja todas as fotos da Saída Fotográfica para o Vale do Anhangabaú!