domingo, 31 de maio de 2009

[Internacional] Estrelas do jornalismo internacional


Nathália Monteiro dos Santos
natms27@gmail.com

Inicialmente pensada para futuros jornalistas e relações-internacionais, a Palestra de Jornalismo Internacional, realizada na última quinta-feira, 28 de maio, contou ainda com a presença de estudantes de vários outros cursos, como astronomia, editoração e publicidade e propaganda. De modo geral, os universitários esperavam aprender mais sobre uma área que já despertava seu interesse.

A presença de Lourival Sant’Anna, do Estado de S. Paulo, e João Batista Natali, da Folha de S. Paulo, experientes jornalistas internacionais, também foi responsável por atrair muitos dos participantes. Os palestrantes foram com a intenção de compartilhar suas histórias profissionais e, mais do que isso, ouvir as perguntas da platéia, descobrir pelo que ela se interessava e qual era a sua visão sobre o tema.

O evento foi bem-sucedido: tanto os palestrantes quanto a audiência mostraram-se empolgados e satisfeitos com o conhecimento que adquiriram. Elogiou-se a interação entre os jornalistas, que, coincidentemente, eram amigos de longa data, e também o equilíbrio entre a exposição aspectos teóricos e práticos da profissão, como observou Gustavo Carbonaro, aluno do sétimo ano de jornalismo da USP.

Também se comentou a respeito da desmistificação do jornalismo internacional, considerado por muitos uma carreira glamorosa. Rafaela Carvalho, estudante do primeiro ano de jornalismo da USP, disse que os palestrantes fizeram-na perceber que “o jornalismo internacional, por mais idealizado que seja, está ao nosso alcance.”

sábado, 30 de maio de 2009

[Internacional] O evento em imagens











































Fotos: Yuri Gonzaga
yurigonzaga@gmail.com

quinta-feira, 28 de maio de 2009

[Internacional] "A ficção é uma porta de entrada muito boa"

Lucas Rodrigues
 
João Batista Natali conta como informar sobre países que não estão no imaginário comum das pessoas. Para ele, dados básicos são sobre a economia e infra-estrutura do local, entretanto, a literatura é uma importante forma de conhecer uma cultura. “A ficção é uma porta de entrada muito boa”.

O jornalista conta ainda que a relação com a população do país pode ser uma boa maneira de interação com a região. “As pessoas sentem, elas se identificam com você”, disse Natali sobre a recepção da população local do Irã.

Além disso, Natali falou que algumas informações que poderiam parecer irrelevantes são, na verdade, muito importantes. “Você precisa comer o arroz do Irã (...) São nos pequenos detalhes que a gente conhece o país”, completou o jornalista.

[Internacional] Jornalismo sob fogo cruzado


Lucas.! Tófoli Lopes
lutofoli@gmail.com

Como o enviado especial se comporta em situações mais extremas? Guerras? Bombas? Conflitos? E quando o jornalista mal pode anotar?

Foi o caso de Lourival Sant’Anna, enviado especial do Estado de S. Paulo. Ele viveu esse tipo de situação quando esteve no Líbano, em 2006. Sob um bombardeio, o profissional teve que fazer uso de um recurso não muito comum para um jornalista de texto registrar suas percepções: ele fotografou cenas das quais participava.

Israel estava bombardeando áreas quando Lourival conheceu um sheik de uma mesquita do Sul do Líbano. A cidade do sheik Mugrab era uma das mais castigadas pela guerra. Mugrab levou Lourival até o sul do Líbano, na área xiita. Lá, vilarejos estavam sob o domínio do Hezbollah. O jornalista registrou mísseis passando próximos ao seu carro e viveu na pele como era estar numa guerra.

Sant’Anna também lançou mão de outro recurso para o registro jornalístico: ele narrou, no celular, uma madrugada em que passou sob o ataque inimigo. “Foi uma matéria onomatopéica, sofreu críticas exatamente por isso”. Lourival descreveu os sons dos mísseis e bombas. “Era como uma máquina elétrica de costura”. A sensação de estar sob um bombardeio? “Me senti muito pequeno. Uma pessoa nunca esquece uma experiência dessa”.

[Internacional] O que é Jornalismo Internacional?


Lucas Rodrigues
lucas_rodrigues@live.com

Aconteceu nesta quinta-feira, 28 de maio, na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, palestra sobre jornalismo internacional com a participação dos jornalistas Lourival Sant’Anna, do Estado de S. Paulo e João Batista Natali, da Folha de S. Paulo.

De acordo com Natali, “jornalismo internacional pode ser muita coisa”. Ele falou que o tema se refere, principalmente, ao trabalho dos correspondentes e enviados especiais, que são os responsáveis pela produção de notícia sobre os fatos internacionais.

Segundo Lourival Sant'Anna, o enviado especial pode oferecer perspectivas diferentes das do correspondente, pois tudo é novo para ele.

Os palestrantes falaram também sobre a influência da visão pessoal do jornalista, que vai enxergar o país retratado sob o ângulo de sua formação cultural. “A pauta é cultural, é mitológica”, disse João Batista. Para ele, o papel do jornalista é fazer uma conexão entre as duas culturas: a do país sobre o qual escreve e a do país para o qual escreve.

"A única maneira de entender um fato jornalístico é vive-lo", disse Sant’Anna sobre a sua experiência em conflitos como os do Líbano e da Geórgia. O jornalista afirmou ainda que a reportagem é a tentativa de compreensão do fato em que está inserido.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

[Evento] Jornalismo Internacional

.Dia 28 de Maio, às 17h, no Dpto. De Jornalismo (CJE) ECA-USP

- O dia a dia das redações internacionais
- Preparação para coberturas internacionais
- Evolução do jornalismo internacional do Brasil
- História e episódios interessantes

Convidados:

  • João Batista Natali (Folha)
  • Lourival Sant'Anna (Estado)